O relacionamento abusivo acabou. E agora?
- Ana Carolina Comarella
- 3 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Bem, primeiramente olhe para dentro de si mesmo por um instante. Afinal, se você se interessou por essa leitura existe algo importante chamando a atenção do seu emocional. Posso pensar que existem pelo menos três possibilidades para isso:
Um, você está em uma relação fadada ao fracasso e sabe disto. Entende que o que você vive não é saudável e está buscando a coragem para um futuro diferente.
Dois você pode ser um curioso do tema e quer aprender mais (Isso pode estar muito próximo de você, relacionamentos de amigos ou familiares que vivenciam esse caos emocional).
Três ou então você conseguiu, se livrou do caos, e não sabe como lidar com o que vem depois. Bem, porque isso é importante?

Sua leitura pode te ajudar a não voltar para ciclos doentios. Por isso absorva o máximo que você puder, converse sobre isso e se mantenha firme. Independente dos motivos que te trouxe até aqui, você está no caminho.
Ao terminar um relacionamento abusivo, é muito provável que a vítima ainda permaneça fragilizada. O que te levou a permanecer presa nessa relação, provavelmente ainda ficará aí dentro. Vamos deixar claro que não é sua culpa, mas com o passar do tempo, você pode ter confundido o que de fato é amor com a manipulação do seu parceiro.
Portanto, é bem provável que se ao sair de uma relação abusiva você entrar em uma relação saudável, você a considere fora do comum ou até sem graça. Por exemplo, se você foi uma vítima de um ciúmes doentio, ao estar com um parceiro que não demonstre ciúmes você considere isto como falta de amor ou de atenção.
Existem várias distorções que podem ocorrer. Afinal, você ainda não conhece amores saudáveis. Todavia, nada está perdido. Você pode embarcar nessa jornada linda que quebras de padrões dolorosos. A notícia difícil é que ela começa aí dentro de você.

Antes de mais nada, olhe para sua história e reflita: Como as pessoas que foram suas referências se relacionavam? Pode ser que você carregue dentro de si muitos comportamentos, desde coisas legais até as destrutivas. É inquestionável que vítimas de parceiros abusivos tenham presenciado isso acontecer anteriormente em suas famílias.
Se eu estiver certa, é provável que seu diálogo interno também tenha absorvido toda essa hostilidade. Sua autoestima e seu autoamor estão frágeis. Para conhecer o amor, você precisa aprender a tolerar o carinho. E por incrível que pareça, nem sempre sabemos como ser amados. Por isso, primeiro encontre o carinho em você para você mesma. Só estará “imune” aos manipuladores aquela pessoa que acredita em si mesma verdadeiramente.
Ao conhecer um novo parceiro, fique atenta aos sinais de problemas e aos bons sinais também. A falta de brigas e desentendimentos não é falta de paixão. Brigas e desgastes emocionais não são o mesmo que paixão ardente. São elas que te levam ao extremo e destroem pouco a pouco seu eu.
Se um parceiro saudável não quer viver sua vida e se misturar em você, não quer dizer que ele não a ama, e sim que ele com certeza preserva a própria individualidade e consequentemente a sua também. Então respire fundo e vá com calma. Repense suas crenças negativas sobre a sensação de abandono. Elas podem ser uma necessidade de manter as coisas agitadas, afinal é isto que você conhece.
Sair de uma relação abusiva é quebrar ciclos, sejam eles familiares ou pessoais. São pequenos passos que podem transformar você completamente e pessoas ao seu redor. Não é uma tarefa fácil, é como encontrar um diamante em meio ao barro. Lapidar ele pode ser difícil mas o resultado final é de pura beleza. Evite passar por isso sozinha, busque ajuda especializada e pessoas de confiança. Se transforme!






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