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Além da Paixão: Desvendando os Labirintos da Dependência Emocional e Cultivando o Amor Próprio

  • Foto do escritor: Ana Carolina Comarella
    Ana Carolina Comarella
  • 5 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Em algum momento, você pode ter se deparado com relatos, testemunhado experiências ou até mesmo vivenciado uma relação amorosa conturbada. Embora o amor seja uma experiência extraordinariamente prazerosa, capaz de colorir os olhos de um apaixonado, é inegável que também se revela como um terreno hostil.

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Relacionamentos amorosos abrem espaço para acessar nossas fragilidades e vulnerabilidades, que muitas vezes têm raízes profundas desde a infância. A maneira como enfrentamos essas questões pode ser determinante para distinguir uma relação saudável de uma potencialmente catastrófica. Neste texto, convido você a refletir sobre um aspecto específico das relações: aquelas que estão permeadas pela dependência emocional (D.E).


A dependência emocional, em linhas gerais, é concebida como um fenômeno de submissão assimétrica. Isso significa que o indivíduo dependente muitas vezes sacrifica seu próprio eu, em uma tentativa desesperada de evitar a possibilidade de ser abandonado pelo parceiro. Surge, assim, uma visão de mundo na qual a existência e regulação emocional parecem possíveis apenas na presença do outro. Essa pessoa pode chegar ao extremo de cancelar compromissos importantes, negligenciar responsabilidades profissionais e renunciar a atividades que aprecia, tudo em um esforço para agradar e manter o parceiro por perto.


No campo da psicologia, é importante salientar a complexidade de estabelecer relações causais diretas. No entanto, compreendemos que indivíduos que enfrentaram necessidades emocionais básicas não atendidas durante a infância, assim como aqueles que vivenciaram traumas e negligência, estão propensos a desenvolver uma autoestima negativa. Esse fator, por sua vez, representa um considerável risco para o desenvolvimento da dependência afetiva.


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A autoestima desempenha um papel crucial na maneira como avaliamos nosso valor, competência e adequação como seres humanos. Enxergar-se como incapaz, feio, chato, ou insuficiente pode desencadear uma aversão profunda a si mesmo, levando, por vezes, à aceitação de relações abusivas ou tóxicas, como preferir definir. Além disso, a baixa autoestima transmite mensagens equivocadas ao nosso lado emocional, sugerindo que a sobrevivência é impossível sem a presença constante de outro.


As ramificações da dependência emocional que identificamos até agora incluem o aumento da ansiedade, depressão e uma propensão a se envolver em relacionamentos com parceiros agressores. O tratamento adequado nesses casos é a psicoterapia de longo prazo, exigindo um profundo processo de autoconhecimento e autocompaixão para promover uma nova perspectiva sobre si mesmo. Embora eu desejasse apresentar soluções rápidas e práticas, compreendemos que estamos lidando com feridas emocionais profundas.


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No entanto, é fundamental reconhecer que as mudanças comportamentais podem resultar em experiências emocionais transformadoras. Portanto, encorajo você a se aventurar sozinho pelo mundo. Frequente o cinema, desfrute de um jantar solitário ou qualquer atividade que pareça estranha inicialmente. Você perceberá que a sua própria companhia é mais do que suficiente. Você é a melhor pessoa para compreender e atender às suas necessidades. Amigos, familiares e parceiros são um suporte valioso, mas não devem ser o ponto central da nossa existência.



Escrito por Ana Carolina Comarella Rossi, psicóloga e autora deste site, este texto mergulha nas complexidades das relações amorosas, explorando a delicada teia da dependência emocional. Descubra insights valiosos e estratégias para cultivar relacionamentos saudáveis e fortalecer o amor próprio

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